O quadro que detonou um movimento
Janeiro de 1928. A pintora Tarsila do Amaral comemora o
aniversário do marido, o escritor Oswald de Andrade, presenteando-o com seu
mais recente quadro. Diante da figura, de grandes pés e cabeça pequena, Oswald
comenta: “ È o homem, plantado na terra “. Fascinado chama o amigo Raul Bopp,
que sugere: “vamos fazer um movimento em torno desse quadro”
Nascia o Movimento Antropofágico, que pretendia retomar o
nacionalismo nas artes, expondo ao ridículo posturas submetidas aos padrões europeus. Para começar,
os dois escritores batizam o quadro de
Abaporu (do tupi-guarani, aba-homem;
poru-que come gente: antropófago). Em 1995, o inspirador da Antropofagia é
leiloado por US $ 1,5 milhões, tornando-se a mais cara tela da história brasileira.
Curiosidade
A polêmica marcou a compra do Abaporu. Arrematado pelo empresário Argentino Eduardo Constantini, o
quadro chegou a ser tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico
e Arqueológico do estado de SP (Condephaat), para evitar sua venda. O
presidente do órgão, José Carlos R. de Almeida, previa um “ degredo permanente”,
caso a obra saísse do país. Apesar
do preço pago, Constantini não considera
a Abaporu melhor obra de Tarsila. “ O
melhor é Antropofagia” afirma.
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