“ Se não me amas, não me digas a verdade”
Um mulato, descendente de escravos, foi o maior compositor erudito
brasileiro do séc. XVIII e, talvez, o maior compositor sacro das
américas em seu tempo. O padre José Nunes Garcia, autor de 400 obras, viveu
no RJ entre 1767 e 1830. Com a chegada
da família real em 1808, D. João VI, impressionado com o padre, o nomeia mestre
d Capela Real.
Uma de suas obras é a Missa de Santa Cecília, comparável a
peças do Austríaco Joseph Haydn
(1732-1809). Mas também enveredou por temas profanos, na música e na vida.
Compôs modinhas como Beijo a mão que me condena e Marília, se não me mas não me
digas a verdade. Teve por companheira Severiana Rosa de Castro, que lhe deu
seis filhos. Um deles, José Maurício Nunes Garcia Jr., foi médico e compositor
de lundus e modinhas.
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